sábado, 4 de fevereiro de 2012

The Descendants (2011)


 
Eu vou começar a fazer, digamos, resenhas do que eu achei de cada filme que está concorrendo ao oscar. Não sei se farei de todos, mas pelo menos dos que mais me interessam eu farei. Quero deixar claro que tudo o que está nesse texto e nos outros que estão por vir é a minha opinião, portanto se você não concorda, eu tô cagando pra isso.

O filme de hoje é The Descendants, filme do Alexander Payne que concorre a 5 oscars, incluindo melhor direção e melhor ator, esse para o George Clooney. Nunca assisti nada feito pelo Alexander e, pelo jeito, nem quero. Li ótimas críticas e elogios a esse filme e por isso eu pensei "vou começar a minha maratona de filmes que concorrem ao oscar por esse filme aqui", mas eu digo a vocês: decepção. Não é tudo isso que eu li, não mesmo. Claro que tudo depende de uma opinião e cada um tem a sua. A minha opinião é que esse filme não merece nenhum oscar. NENHUM.

No filme nós conhecemos a vida de Matt King (George Clooney) e sua família. Logo no começo descobrimos que a sua esposa Elizabeth King (Shailene Woodley) está internada num hospital em estado vegetativo, praticamente morta. Descobrimos também que ele não tem jeito nenhum com a filha Scottie (Amara Miller) de 10 anos, que, aliás,  é a melhor coisa desse filme; ela foi ótima, suas falas eram boas, a cena que ela estava presente dava vida ao filme diante dos meus olhos. E que a mesma coisa se repete com sua outra filha de 17 anos, que mora em outra cidade, a Alexandra (Shailene Woodley).

Eles moram no Havaí, tem uma vida boa, Matt é advogado, Scottie uma pirralha que tá entrando na adolescência e com tudo o que acontece com sua mãe faz com que ela fique mais perdida ainda e carente de atenção. Alexandra é a parte clichê rebelde da família, no dia que Matt e Scottie vão busca-la na outra cidade, eles a encontram bêbada com outra amiga. Aí tem aquele momento que o filme foca na expressão do George Clooney e toca aquela musiquinha triste. E o filme foca muito na cara do Clooney, demais mesmo, em todos os momentos ele está com uma expressão cansada ou triste. 

O motivo deles terem ido buscar Alexandra é pelo fato de que as máquinas que estão deixando Elizabeth viva, serão desligadas em breve, pois ela não sairá nunca mais daquele estado vegetativo, só piorará. Quando Alex volta pra casa e descobre o por que de ter voltado, ela chora, briga com o pai e acaba revelando o motivo de estar tão rebelde nos últimos tempos: ela viu a mãe com outro. E esse é o ápice de drama no filme. O personagem do Clooney se descobre corno e fica putaço, querendo descobrir o nome do cara que estava pegando a mulher dele. E daí segue o filme, com reviravoltas desnecessárias, cenas desnecessárias e um monte de coisa chata.

Até agora não entendi como estão falando tão bem assim desse filme. Não que o filme seja horrível, pelo contrário, ele é bem dirigido, produzido e tudo o mais, a única coisa que me incomodou é que o roteiro é bem fraco. Muito fraco mesmo, faz com o que toda aquela possibilidade de um bom drama se perca no meio de algumas cenas inúteis que o filme tem, como por exemplo, quando eles vão avisar os pais da Elizabeth que os aparelhos serão desligados e o pai dela dá um soco no cara do amigo da Alexandra que acompanhava a família... tipo: sério? Muito sem sentindo algumas coisas.

O final é aquele clichê: ela morre, eles a cremam e jogam as cinzas no mar. Pra vocês terem uma ideia de como eu não gostei mesmo desse filme, na cena em que o Matt vai se despedir da Elizabeth, cai uma lágrima do olho dele e eu não chorei, mesmo. E eu sou uma manteiga derretida pra essas cenas, e se eu não choro é por que tem alguma coisa errada no filme.


O George Clooney é um forte candidato a ganhar o oscar de melhor ator com esse filme e olha, se isso acontecer, meu cu, sério. Ele não merece mesmo esse oscar. Fico passado que o Leonardo DiCaprio nem indicado foi pelo seu papel em J. Edgar, eu ainda não assisti o filme, mas tenho certeza que deve ser mil vezes melhor que esse do Clooney. Mas enfim, o oscar nunca é justo mesmo. A nota desse filme de 0 a 10 é 5, só por causa da Amara Miller, essa garota que foi a alegria desse filme.

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